Concurso de Piloto de Série

 

Divulgamos a lista com os 10 finalistas do Concurso de Roteiro de Pilotos de Série do FRAPA 2017. Foram 63 roteiros inscritos nesta categoria e os finalistas apresentarão seus pitchings na programação do Festival.

A curadoria foi formada por Daniel Castro, Janaína Fischer, Marcio Schoenardie, Marina Meira, Tiago Rezende e Tomás Fleck.

O júri oficial foi formado por Giovana Moraes, Liliana Sulzbach e Malu Andrade.

A equipe do FRAPA parabeniza os finalistas:

 

A.A., de Jorge (Chile)

The apparent accidental death of a male university student during a party aboard a Senator’s yacht, triggers a national media scandal that menaces to expose an intricate network of disputes between two of the most influential families of the country.

 

ASTRO DELIVERY, de Rafael Baliú (São Paulo/SP)

Astro e Kato, um humano e um gato, são entregadores espaciais na Astro Delivery. Onde todos os tipos de carga são aceitas e nenhum planeta é longe demais.

 

EXTERMINADORA, de Jarleo Barbosa, Amanda Ramos, Gabriel Newton e Luis Gustavo Rocha (Goiânia/GO)

Exterminadora é a história de Sofia que, após participar por acaso do assassinato da síndica do seu prédio, encontra na morte uma válvula de escape e começa a cometer assassinatos em série; ela começa a matar seus ex namorados. Sofia, quase trinta anos de idade, não se encaixa em nenhum lugar. Ela é filha bastarda acolhida por uma família na qual não pertence, está desempregada e se vê obrigada a voltar a trabalhar em uma clínica de aborto que deixara no passado. Além disso, sua vida amorosa é uma seqüência de decepções. Sofia mora em um apartamento modesto com o aluguel atrasado há meses e tem um namorado que só causa problemas, a quem ela continua perto pela sua necessidade de manter relações afetivas, embora sempre termine afastando todos que se importam com ela. Nesse cenário, a série aborda temas como amor, ódio, existencialismo, vida e morte. Acompanharemos o percurso trágico de Sofia, vendo sua transformação de uma assassina de ocasião para uma serial killer por vocação.

 

IMPULSO, de Marcela Macedo (Santo André/SP)

Vivian Blumen é uma policial militar de 34 anos, moradora da cidade de São Paulo e especialista em gerenciamento de crises e negociação em casos envolvendo suicidas e reféns. Ela retorna ao trabalho após 6 meses de licença ocasionada pela morte de sua filha. Nesse período, ela desenvolveu depressão e tentou se matar cortando os pulsos. Vivian não vê o retorno às atividades de policial como um recomeço, mas como uma chance de recuperar seu porte de arma e colocar fim à própria vida. No entanto, Vivian desenvolve a crença que a morte passou a se comunicar com ela, desafiando-a para um jogo, no qual ela deve impedir que outras pessoas morram. Esse desafio desperta em Vivian um novo sentido para continuar vivendo, ainda que seus traumas continuem bem latentes. O pulsar que existe entre a condição de vida e morte norteia cada episódio e a relação desses dois extremos também inspira a construção e evolução dos personagens ao longo da série.

 

INERTE, de Rayan Antônio Ruiz Martins e Nathanael Buzelli (São Paulo/SP)

Após o planeta Terra parar de girar em torno de si mesmo (processo que levou de 2049 até 2051), devido ao desequilíbrio ambiental, o mundo é habitado por sobreviventes. Com o dia e a noite durando aproximadamente 6 meses, já que o movimento de translação continua, a estimativa de vida caiu para 42 anos e o meio ambiente sofreu alterações drásticas. Neste mundo, existem dois tipos de comunidades: a da superfície, pessoas mais pobres que foram abandonadas há muito tempo e vivem com auxílio de tecnologias popularizadas antes da parada (como a de dessalinização da água); e a sociedade dos bunkers, pessoas ricas que conseguiram se preparar para a parada, criando uma “cidade” subterrânea moderada por um conselho burocrático e modelada em torno da mais moderna tecnologia desenvolvida antes da parada. Dentro deste contexto, apresentamos a protagonista Nicole, uma brilhante geóloga que decide se matar aos poucos ao fugir dos bunkers para a superfície, levando consigo um passado misterioso.

 

MENINA MUAY THAI, de Pedro Carvalho Murad (Rio de Janeiro/RJ)

Cotidiano de uma academia decadente de periferia, frequentada unicamente por alunos trogloditas e machões, é tumultuado com o ingresso de Mila, uma jovem garota transexual. A personagem acaba sendo o estopim da série, desafiando a todos, subindo gradualmente na hierarquia da academia, desencadeando todos os conflitos no lugar. Tudo contado a partir do diálogo entre a protagonista e Maçarico, um dos alunos mais sórdidos, no camarim onde ocorre uma grande competição, nos minutos que antecedem a subida de Mila ao ringue, para a luta final. Os dois vão rememorando cada ação, o que levou Mila até chegar a este ponto e os acontecimentos que transformariam a academia para sempre.

 

RINGUE DE PRATA, de Renan Santos (Sorocaba/SP)

Ano de 1980. Após assassinar uma modelo famosa em um ato de desespero para conseguir dinheiro, Cézar Prata, um ex-campeão mundial de boxe, alcoólatra, tenta se reaproximar do filho empresário para juntos fundarem uma empresa de telecatch, que está em alta no Brasil. Após certa resistência, o filho cede ao desejo de Cézar e planeja com ele o lançamento da nova empresa. Agora, precisarão lidar com imprevistos e problemas causados pela nova empreitada, ao mesmo tempo em que enfrentam dilemas pessoais e tentam restaurar a boa relação entre pai e filho.

 

SANTO INÁCIO, de Daniel Almeida (Porto Alegre/RS)

Chegado à Fronteira há cerca de um ano, o ex-presidiário Lourenço começa a trabalhar para o criminoso veterano Miguel no esquema de tráfico operado por ele em conjunto com Raul Nogueira, o respeitado dono da Fazenda Santo Inácio. Ágil, atento e aparentemente franco quanto a seu passado, Lourenço é um exímio manipulador que esconde suas mentiras entre meias-verdades. Em sua primeira missão, Lourenço escolta Miguel até a Argentina para um encontro com Gómez, um aliado da Santo Inácio cuja cooperação está por um fio. Raul permanece no Brasil para o leilão de cavalos de sua mulher, Mariângela, quando sente que ela está tomando o controle da Santo Inácio. A Policia Caminera descobre a presença de Miguel na Argentina, levando a uma perseguição no meio da rodovia. Lourenço salva o dia, mas ao final, sozinho em seu quarto de pensão, ele abre uma pasta contendo um dossiê com uma fotografia de Miguel, deixando claro que sua aproximação ao traficante não foi por acaso.

 

SOLDIERS & BANDITS, de Eduardo Soto-Falcon (Canadá)

In 1916, Pancho Villa raids an American town, bringing the USA and Mexico on the verge of war. A young Mexican immigrant joins the US Army as an interpreter and becomes a symbol of hope for brokering peace and understanding between the two nations.

 

SUPER, de Ian Perlungieri Frugoli Peixoto (São Paulo/SP)

E, de repente, todos tinham algum poder. Havia os que não precisavam comer ou não sentiam frio, mas também tinham aqueles que voavam ou tinham a capacidade de ficar invisíveis. O fato era: entre, aproximadamente, os dez e vinte anos, todas as pessoas ganhavam um poder, seja ele qual for. Os anos se passaram e alguns se julgavam melhores do que outros. Uma guerra começou e terminou. Os que sobreviveram tentam, aos poucos, reconstruir a sociedade. O processo, no entanto, é lento e complicado. Sempre há os que usam seu poder para se beneficiarem e, em meio às pessoas que tentam lutar pelo que é certo, uma garota descobre que jamais ganhará um poder. Fica a pergunta: em um mundo em que todos têm poderes, quem serão os verdadeiros super-heróis?

 

O JÚRI OFICIAL FOI FORMADO POR:

GIOVANA MORAES  é autora da TV Globo. Há treze anos no canal, já passou por programas de entretenimento (criou o Tamanho Família), mas tem foco em seriados e novelas. É formada em Comunicação Social e mestranda do  CPDOC/FGV. No momento, trabalha num projeto para 2018 – Novela.

LILIANA SULZBACH é jornalista e mestre em Ciência Política. Dirigiu e produziu documentários e séries para o canal alemão Spiegel TV, TVE, RBSTV e Canal Futura. Para o cinema roteirizou e dirigiu “A Cidade” (2012) “O Cárcere e a Rua” (2004), “A Invenção da Infância” (2000) e “O Branco” (2000) e produziu longas e curtas. Coordenadora de conteúdo na Zeppelin Filmes por 12 anos e coordenadora nacional do Input (International Public Television) por 2 anos.

MALU ANDRADE é gestora e produtora executiva. Atualmente é Head of Academic Quality da Escola Britanica de Artes Criativas (EBAC), por três anos foi coordenadora de Inovação e Formação da Spcine, sendo responsável pelas políticas ligadas ao desenvolvimento de projetos audiovisuais. É professora no curso de Pós Graduação em Negócios e Produção Executiva para Televisão da FMU/SP. É criadora e administradora da rede MULHERES DO AUDIOVISUAL BRASIL, rede composta por mais de 13 mil profissionais mulheres do setor audiovisual, responsável em aplicar o Selo A- Rating, teste de Bedchel, no Brasil, primeiro país latino americano em aplica-lo.

 

A CURADORIA DO CONCURSO DE ROTEIRO DE PILOTO DE SÉRIE FOI FORMADA POR:

DANIEL CASTRO é roteirista e pesquisador. Roteirista do longa documentário “Amazônia Groove”, atualmente em edição. Atua no núcleo criativo Inflamável, de Karim Ainuz, como roteirista do longa “Agora ou Nunca!” e da série “Sete Dias antes de Matar”. Na televisão passou pelas novelas “Malhação”, “Totalmente Demais” e pelos programas de variedade “Dança dos Famosos” e “Adnight”, como pesquisador de conteúdo. Além das grandes produtoras como a Rede Globo e Conspiração, atuou em uma startup de transmídia, colaborando no aplicativo Polissonorum.

JANAINA FISCHER é roteirista de tv e cinema. Bacharel em Publicidade (UFRGS), tem Especialização em Cinema (UNISINOS) e Mestrado em Comunicação (PUCRS). Escreveu séries como “Doce de Mãe” (2013, Rede Globo – vencedora do Emmy Internacional de Melhor série cômica 2015), “Vida de República” (2012, Canal Futura) e “Fora de Quadro” (2015, Canal Brasil) e nestas duas últimas também exerceu a função de Diretora. Fez parte do Núcleo de Roteiros da Casa de Cinema de Porto Alegre, onde continua desenvolvendo projetos. Atualmente vive e trabalha em São Paulo, onde desenvolve roteiros de longa-metragem na Querosene Filmes, escreve a websérie “Marias” na Dogs Can Fly, além de projetos em outras produtoras independentes.

MARCIO SCHOENARDIE é roteirista e diretor das séries “Vida de República” (Canal Futura) e “Fora de Quadro” (Canal Brasil). Dirigiu também as séries “Que abuso é esse?” (Canal Futura), “Que Direito é esse?” (Canal Futura), “Mulher de Fases” (HBO). Realizou os curtas premiados “O Sete Trouxas e “De 10 a 14 anos”. Foi integrante do Núcleo Criativo da Casa de Cinema de Porto Alegre e um dos roteiristas da série “Doce de Mãe”, vencedora do Emmy Internacional 2015 como Melhor Série de Comédia. Co-dirigiu a série “Rotas do ódio” para a universal channel e é colaborador de roteiros em desenvolvimento para a Querosene filmes.

MARINA MEIRA é sócia-fundadora do núcleo de roteiristas Maquinário Narrativo, um dos primeiros empreendimentos do Brasil com foco exclusivo na criação e desenvolvimento de roteiros para Cinema e TV. Roteirista das séries “Terminadores” (Band, TNT e NETFLIX) e “A Qualquer Custo” (Wise Entertainment) e do longa-metragem “Ninguém ama ninguém… por mais de dois anos”, (Festival do Rio 2015, 39ª Mostra de SP). Escreveu para as séries infantis “Livros Animados” (Canal Futura – 3ª temp.) e “Ilha Encantada” (Prodav 05/2014). Criadora da série de animação “Albert no mundo dos porquês”, contemplada pelo 1º Programa de Desenvolvimento de Projetos da Prefeitura de São Paulo.

TIAGO REZENDE trabalha como roteirista, diretor e produtor executivo. Sócio-fundador da VERTE filmes. Um dos criadores, além de roteirista e diretor nas séries “Werner e os Mortos” (Canal Brasil) e “O Complexo” (Cine Brasil TV). Roteirista e produtor executivo na série “Horizonte B” (Netflix / TVE) e no longa-metragem “Mar Inquieto” (2016). Roteirista e diretor na série “Alce & Alice”, e diretor e produtor executivo na série “Necrópoles” (Prime Box Brazil). Co-criador do projeto “Avestruz de Férias”, contemplado para desenvolvimento na chamada pública Prodav 04 – 2013. Participa como roteirista do núcleo de criação da Casa de Cinema de Porto Alegre.

TOMÁS FLECK é sócio da Verte Filmes. É criador e roteirista do seriado “Bocheiros” (TVE, 2014; Prime Box Brazil 2015); “O Complexo” (CineBrasilTV 2018); “Necrópolis” (Prime Box Brazil 2017 – selecionado para a mostra competitiva de pilotos de ficção do FITV RJ 2013) “Horizonte B” (NETFLIX – Festival TELAS 2015). Foi roteirista dos curtas-metragens “Quanto Mais Suicidas, Menos Suicidas” (2014); “POMBAS!” (2013); e do longa-metragem “De Que Arte Se Ocupam As Pessoas Mortas (2017). Atuou como um dos roteiristas dos seriados Werner e os Mortos (Canal Brasil), vencedor do FITV RJ 2013 como melhor piloto de ficção; Alce & Alice (TVE – 2016), selecionado para a mostra competitiva de pilotos de ficção do FITV 2013.